quinta-feira, 6 de junho de 2019

Dimenstein: o que ninguém tem coragem de falar sobre Bolsonaro

Preste atenção nessas falas e gestos de Bolsonaro: elas vão embasar minha suspeita.
Uma suspeita que ninguém quer escrever – embora pense.
A suspeita: o presidente sofre de distúrbios mentais jamais diagnosticados que o inabilitam para lidar com a realidade, vivendo uma realidade alternativa com inimigos imaginários e complôs.

1)Em meio a graves acusações com fotos e laudos de violência praticadas pelo jogador, ele se desloca até uma clínica para se mostrar abraçado com Neymar;
2)Informa que, no Palácio da Alvorada, dorme ao lado de uma arma, com medo de um atentado;
3)Apesar de todas as evidências em contrário, ele insiste que, por trás da facada de Adélio Bispo, afirma haveria uma conspiração;
4)Elogia um ex-aliado – MC Reaça – que se matou depois de espancar uma mulher supostamente grávida.
5)Afirma que existe um complô para afastá-lo de Carlos, seu filho, gestor de suas redes sociais.
6)Revela na intimidade que os militares querem sabotá-lo;
7)É seguidor do filósofo Olavo de Carvalho, fã de teorias conspiratórias. O filósofo já disse que tem dúvidas sobre o formato da terra, cigarro não tem relação com câncer e desconfia das vacinas;
8) Acredita que existe um complô por trás das teorias sobre aquecimento global, provado cientificamente;
9)Defende o fim da multa para quem não tiver cadeirinha para crianças, quem levar filhos no banco da frente. Ainda diz que, se dependesse dele, o limite de ponto seria 60. Isso num país campeão de acidentes de trânsito.
10)Desativa os radares convencido de que existe um complô: a “indústria da multa”, apesar dos estudos mostrando como esses aparelhos reduziram os acidentes;
11)Propõe o fim de exame toxicológico a motoristas.
12)No carnaval, divulga um vídeo pornográfico;
13)Promete para o local em que foi multado num santuário ecológico de Angra dos Reis, onde foi multado, um projeto de turismo;
14)Afirma que existe um “Sistema” que tem interesse em matá-lo;
15) Apresenta-se como enviado de Deus.
16) Mesmo diante de desafios como a reforma da Previdência, vital para seu governo e futuro do Brasil, cria conflitos desnecessários com os políticos e meios de comunicação.

Os jornalistas se limitam a comentar essas frases e ações como se fosse apenas asneiras ou disparates.
Já estou convencido de que não se pode atribuí-la somente à falta de preparo intelectual, visão eleitoreira, radicalismo ideológico.
Existem aqui sinais de síndrome de paranóia e até uma certa dose de esquizofrenia.
É sabido que o poder não alivia esses sinais: aguçam.
Ou até despertam.
Quem pode garantir que essas 16 coisas que eu listei aqui ( apenas 16) são atitudes de alguém normal?


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